O Beijupirá nasceu em Porto de Galinhas e desde 1991 encanta pessoas de todas as partes do mundo com sua culinária de mixira - que em tupy quer dizer mistura. Sua cozinha além de criar também miscigena temperos e culturas, sem perder sua identidade tropical e lúdica. A casa de Olinda difere um pouco dos outros empreendimentos do Beijupirá (em Porto de Galinhas, Carneiros e Noronha): a decoração é mais clean e privilegia a paisagem dos telhados, casarios e coqueirais da cidade alta. Para ter acesso ao restaurante, um bondinho leva o cliente pela encosta do terreno íngreme da Pousada do Amparo, num dos pontos turísticos mais charmosos do Nordeste.
À frente do menu, adaptado, com algumas diferenças dos restaurantes da praia, está o paulista Eduardo Santos que, junto a sua sócia, Adriana Didier, elabora e faz a coordenação gastronômica das três casas.
Os frutos do mar são os astros do menu principal e ganharam o nome de “Bloco dos frutos do mar - Tô nem aí, Poseidon!”, uma referência divertida à festa mais famosa da cidade e ao deus dos mares.
Sem dúvida, um lugar delicioso para passar o Dia dos Namorados, não acham? Veremos...
O restaurante é, de fato, bem bonito. O salão climatizado dispõe de poucas mesas e lota com facilidade. Na adega, uma única mesa com 10 lugares é a aposta certa para uma renião super aconchegante. Para aqueles quem não fazem questão de ar condicionado, uma excelente opção é a área externa que garante uma vista privilegiada do local.
Os preços são de assustar - e olhem que eu não me assusto com facilidade, rs. A porção de macaxeira crocante - vulgo, frita -, com 8 pedaços bem pequenos, sai por R$ 20,00 reais. Um copo de suco custa R$ 7,00 reais - o de abacaxi com hortelã, considerado especial, custa R$ 10,00 reais. No menu principal, nenhuma opção custa menos de R$ 50,00 reais. O Bobó de Lagosta com Manga, por exemplo, sai por R$ 115,00. Lembrando que todos os pratos da casa são individuais!
Minha escolha foi a Moqueca de Camarão que, na minha opinião, não estava nos seus melhores dias. De acompanhamento, arroz branco e farofa de dendê. Detalhe: não pensem que fui agraciada com lindas e generosas porções de arroz e farofa. O montinho de arroz me lembrou, pelo formato, um bolinho de petit gateau e a "pitada de farofa" veio em cima do arroz. Tudo isso pela bagatela de R$ 56,00 reais.
Das outras pessoas que estavam comigo na mesa - 5 ao todo -, só duas delas gostaram de verdade do prato. Uma, pediu Moqueca de Polvo e a outra, Forró de Polvo - polvo no leite de coco com feijão verde, bacon crocante, farofa de cuzcuz temperada e arroz. Pelo visto o dia estava mesmo para polvo!
É lógico que ninguém quis arriscar pedir sobremesa no Beijú e, de comum acordo, resolvemos adoçar o paladar em outro lugar do sítio histórico - post em breve. Sem dúvida, a melhor escolha do dia!!!
Ahhh...quando estávamos saindo avistamos um jarro com diversas rosas vermelhas e uma amiga minha - Renatinha, oi! - resolveu pedir uma a uma funcionária do restaurante e... pasmem! As rosas só seriam distribuídas à noite. Super discriminação com a clientela do almoço! Que tal?!
Quem conseguir andar naquele elevador/bondinho me diz se é legal ou não. Não posso falar a respeito porque, para variar, ele estava quebrado.
Lugar interessante, atendimento legal, comida mais ou menos e preço inversamente proporcional à quantidade e qualidade.
Avaliação: REPROVADO PELO MINISTÉRIO DAS DELÍCIAS!
End.: Módulo 2 da Pousada do Amparo (por trás da igreja da Academia Santa Gertrudes).